1.
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autor
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Ao
ler este livro, consegui aperceber-me que os idosos podem sofrer esta forma
de abandono da parte das famílias. Ser posto num lar, por vezes, pode levar a
um mal-estar e a uma sensação de abandono.
O
tema da morte também é referido nesta obra. Interpelou-me bastante pois senti
as mesmas emoções que António Jorge da Silva por já ter vivido uma perda semelhante
na minha vida pessoal. São emoções profundas que, quando são lidas, fazem
perceber melhor o impacto que têm na vida. Com a morte, uma pessoa pode
tornar-se completamente diferente e viver de forma depressiva pois quando o
amor e a morte se opõem, como neste livro com António Jorge da Silva e Laura,
um dos dois nunca mais viverá como antes e o seu espírito estará sempre cheio
de lembranças vividas com a pessoa que amou.
Esta
obra repleta de temas diversos, faz-nos refletir e ter um olhar diferente
sobre o mundo. Na sociedade atual, o lugar das pessoas idosas não é tão
importante como a dos jovens. Com este livro é que nos apercebemos que os
idosos deveriam beneficiar dos mesmos direitos e da mesma atenção que os
jovens.
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CB
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2.
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Eu
não gostei muito da obra, que foi difícil de ler, pois não há maiúsculas a não
ser no capítulo “A máquina de fazer
espanhóis”. Achei o livro um pouco aborrecido e o ambiente muito
monótono.
No
entanto, há vários aspetos do livro que eu muito apreciei. Gostei, no início,
da revolta do protagonista contra a maneira como são tratados os idosos: os
adultos tratam-nos como crianças que não conseguem compreender muito bem “as coisas”, que “desaprendem” com o tempo.
O
caráter impulsivo e revoltado da personagem principal é o que dá, na minha
opinião, interesse ao livro. A sua imprevisibilidade que podemos ver no momento
em que ele assassina a dona marta com o livro; surpreendeu-me imenso, porque
não esperava que um idoso se levantasse no meio da noite para assassinar a
mulher à qual ele enviava cartas com o objetivo de a iludir e de torná-la
feliz.
Adorei
o romantismo do sr. silva quando ele escrevia todas as semanas uma carta à
dona marta, fazendo-a acreditar que as cartas vinham do seu marido, um homem
interesseiro e totalmente despreocupado com a velha mulher. Essas cartas
foram o que animaram a vida dela nos seus últimos momentos de vida. Podemos
também apreciar o romantismo do sr. silva quando ele fala da mulher, referindo-se
a ela falando d’ “a minha Laura”.
Em
conclusão, não achei a história muito interessante, mas está cheia de
pensamentos filosóficos e de momentos emotivos.
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VG
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3.
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Eu
gostei deste livro, sobretudo da maneira como é descrita a velhice e os
velhos. Na nossa sociedade, eles são muito considerados como pesos inúteis.
Esquecemos que são pessoas e que têm muitas histórias para contar. Muitos
idosos foram autores de atos heróicos, como o senhor silva que escondeu um
jovem revolucionário do Estado Novo na sua barbearia, algo de que se orgulha.
Também cometeram erros, como o senhor silva que denunciou mais tarde esse
mesmo revolucionário à PIDE, ato de que sente vergonha. Temos muito a
aprender com os nossos avós.
Também
gostei do ambiente feliz e solidário no lar “Feliz Idade”. Pensamos sempre
que é um lugar abandonado, para morrermos num ambiente tranquilo, mas este
livro transmite-nos a ideia de que não é forçosamente assim. O senhor silva
também faz belos encontros nesse lar e talvez possamos dizer que acaba por morrer
feliz.
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JD
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4.
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Lendo
a obra a máquina de fazer espanhóis, alguns
aspectos pareceram-me importantes e interessantes. O principal é, na minha
opinião, a transformação que se pode observar no protagonista. O sr. silva
que estava acostumado a frequentar unicamente pessoas da sua família, vai
fazer novas amizades e aprender a desenvolver sentimentos por pessoas
desconhecidas. Assim podemos ver o seu apego ao sr. esteves e ao sr. pereira,
tal como a sua tristeza e desespero quando ambas personagens morrem. Também referiria
a cumplicidade que cria com o anísio e com o silva da europa, a quem acaba
até por chamar “colega silva”. Esta personagem principal, que pode ser
qualificada de “redonda”, permite-nos refletir sobre a forma como são
tratados os idosos na sociedade atual.
Um
outro aspeto que me pareceu importante foi o amor que tinha o protagonista
pela sua mulher. Permite-nos acreditar na existência do amor eterno.
Durante
a minha leitura senti tristeza pela morte da laura, alegria pelas novas
amizades do silva, compaixão quando o silva perdeu os seus amigos e até raiva
ao ver que alguns idosos são obrigados a viver num lar quando não
querem.
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AD
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5.
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Gostei
do livro, achei um pouco estranho o facto de não haver maiúsculas, nem
travessões quando as personagens falam. Achei a história do antónio triste a
partir do momento em que sua esposa laura morre logo no começo do livro. É teve
de viver vários momentos tristes: o seu filho que mora na Grécia e não veio
ao enterro de sua mãe; depois do enterro a sua filha elisa coloca-o num asilo
que está ao lado do cemitério da esposa. Há também o momento quando lhe
retiram o seu álbum de fotos e o substituem por uma estátua de Nossa Senhora
não sendo ele religioso. Apreciei o facto de também haver momentos
engraçados, quando o protagonista estava com seus amigos. No entanto, achei
que o livro foi de um modo geral triste e estranho. Por exemplo quando o
senhor Silva mata a dona marta não compreendemos muito bem esse ato. Há
poucos livros que eu conheça, que “falam” de idosos, por isso esta obra é
diferente.
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LLM
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6.
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Ao
ler este livro de valter hugo mãe, somos confrontados com a morte e com a
angústia dos idosos perante a velhice e essa morte. A ação passa-se num lar,
o que é bastante original: temos o ponto de vista de um homem de oitenta e
quatro anos que narra a história, e o principal tema abordado parece-me ser o
abandono na velhice. Todos os velhos que residem no lar parecem ter sido
abandonados pelos seus familiares, e ao afirmar isso penso nomeadamente na
dona marta que sempre esperou desesperadamente por novidades do marido, mais
novo do que ela. Em cada capítulo (quase sem exceção), fala-se da morte e de
assuntos sérios, o que pode tornar-se opressor para o leitor. O lar em si
mesmo é opressivo. É apresentado como sendo um lugar onde as pessoas morrem,
quando já não prestam para nada. Um lugar com vista para o cemitério a partir
dos quartos da ala esquerda onde os velhos são colocados, quando estão muito
doentes e precisam de tratamentos específicos, porque essa ala fica mais
perto da enfermaria.
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MG
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7.
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No
início, o livro não é muito atrativo por causa da forma como está escrito (não
tem pontuação) e devido ao facto de ser um romance onde se narra a história
de um idoso num asilo, algo um pouco desconcertante. Mas à medida que a
intriga avança começamos a sentir-nos próximos deste barbeiro reformado que
perdeu a sua mulher e sem ela está perdido na vida. Começamos a habituar-nos
ao estilo de escrita sem vírgulas e paralelamente compreendemos a vida dos
idosos e em geral o período da terceira idade: o medo da morte, os amigos que
morrem ao nosso lado, e sobretudo a traição que sentimos quando os filhos colocam
os pais num asilo. Este livro descreve maravilhosamente bem a vida dos idosos,
mas também, atrás disso, uma sociedade portuguesa cheia de imperfeições. Ao
fim destas 300 páginas sentimo-nos todos um pouco velhos.
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AM
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8.
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Ao
longo da minha leitura gostei de vários capítulos, mas achei que havia
demasiados detalhes. Não gostei da parte em que o silva denunciou o estudante
à PIDE. Um aspecto interessante foi o
facto de enrique chegar e mostrar tanta alegria em ser português (de
Badajoz). Surpreendeu-me a morte da sua mulher laura no hospital, porque o
protagonista não consegue esquecê-la e conta a todos os seus colegas do lar
como ela era e descreve a sua emoção quando ela morreu. Outro aspeto que me
tocou no romance foi também quando o antónio escreveu cartas à dona marta,
sabendo-a algo abandonada pelo marido. Achei este aspeto importante, porque devemos
ser solidários como o fez o antónio que agiu desinteressadamente para o bem
da dona marta. Outro momento que me marcou foi a morte do esteves, porque
todos os seus colegas do lar ficaram tristes. Não gostei do facto do filho do
antónio, que estava na Grécia, nunca ter vindo vê-lo ao lar. Por fim, o
último aspeto que destacaria foi quando António conseguiu ir à campa da laura
pela primeira vez.
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AC
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9.
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Gostei
do livro, achei-o interessante e fácil de ler. No início a falta de
maiúsculas perturbou-me um pouco, mas com o avançar da leitura habituei-me.
Acho que o tema do livro é importante porque muitas pessoas metem “ os
velhos” num lar e depois esquecem-se deles, esquecendo que um dia também vão
ser velhos e que não gostariam certamente de ficar sozinhos num lar sem
visitas. Achei o início do livro um pouco aborrecido porque não se passava
nada, o narrador não queria falar… Avançando na história gostei mais dela, o
sr. silva falava com os amigos, iam-se ver uns aos outros para se reconfortarem,
por exemplo quando o esteves morreu ou quando o pereira soube que tinha um
cancro. Achei o comportamento do sr. silva estranho: bateu na dona marta e
matou-a com um livro, tentou fazer o mesmo com o senhor do quarto do esteves,
destruiu as flores da campa da sua mulher. Aconselharia esse livro a toda
gente, porque ensina-nos o que os idosos podem sentir quando são enviados
para um lar e como ali vivem, mesmo se neste romance surgem situações um
pouco exageradas protagonizadas pelo antónio.
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SAV
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10.
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Gostei
do livro a máquina de fazer espanhóis
de valter hugo mãe, porque foi o primeiro livro que li que não se parece com
os outros. Isto é, não seguir as regras da gramática, não pondo sinais de
pontuação com exceção de pontos e sem maiúsculas (a não ser em dois
capítulos) isso fez com que descobrisse um estilo de escrita de que gostei.
Achei interessante o autor se pôr na pele de uma pessoa idosa porque nos dá
um ponto de vista da história que não é o de uma pessoa jovem nos mostrando
como pessoas idosas pensam. Gostei do facto de ter tido a intertextualidade
com o poema de Fernando Pessoa “A tabacaria”. Para concluir este livro é um
livro que nos abre os olhos sobre o que fazemos com os idosos quando os pomos
em casas de repouso e ao mesmo tempo critica a sociedade fascista que
antecedeu o 25 de abril de 74.
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GR
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11.
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O
livro é interessante e gostei de o ler, pois apresenta o ambiente dos lares,
que eu não conhecia, e que eu nunca poderia ter imaginado serem assim. Este
romance mostra que os dirigentes do lar não prestam atenção às pessoas que
nele vivem e até são suspeitados de provocar acidentes para “libertar”
lugares para novos residentes. O romance mostrou-me também como os idosos
sentiam a exclusão da sociedade, e como o protagonista até começou a detestar
os seus filhos, chegando a recusar por duas vezes que viessem vê-lo, e quando
vieram, acabou por gritar e enervar-se. Esse livro mudou a minha maneira de
pensar e creio que no futuro nao vou colocar os meus pais num lar
propondo-lhes que venham viver comigo ou perto da minha casa, assim não se
sentirão rejeitados como o Sr Antônio Silva. Contudo eu achei o livro confuso
por momentos, porque não havia maiúsculas, e durante diálogos não havia
parágrafos. Isto foi tão confuso que não compreendi, por exemplo se a D Marta
tinha morrido e tive de voltar a ler o livro outra vez.
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AA
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12.
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Li
o livro a máquina de fazer espanhóis
da autoria de valter hugo mãe. Neste livro, seguimos a história do senhor silva
que perdeu o amor da sua vida após 48 anos de vida comum. Este será posto num
lar onde vai acabar os seus dias. Gostei muito deste livro, mesmo se nas
primeiras páginas temos de nos habituar ao estilo do escritor que não
respeita as regras da escrita. Acho que este livro é incontornável pois é um
livro que nos faz refletir sobre o lugar dos idosos na nossa sociedade. Observamos
que muitos se sentem sozinhos e abandonados pelas famílias o que me comoveu
um pouco. Impressionou-me também o facto de o protagonista ainda ter
pesadelos porque quem tem pesadelos são normalmente as crianças. Acho que é
uma realidade na nossa sociedade: muitos velhos apreendem a morte e também
sentem que há certos velhos que têm uma morte acelerada. É um livro que dá
vontade ao leitor de mudar o funcionamento da sociedade e faz-nos pensar que
o lugar dos velhos que devia ser repensado.
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ICDC
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13.
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Esta
obra agradou-me pelo conteúdo e pela reflexão da vida que se faz, mas não
gostei da forma como o escritor escreve sem maiúsculas. A história é muito
original porque entramos na intimidade do protagonista que começa uma nova
vida sem a sua mulher laura convivendo com pessoas que não conhecia.
Agradou-me muito ver como o sr. silva vai reaprender a viver com os outros
idosos. Isso pode levar-nos a uma grande reflexão sobre a vida. Um dos
momentos que me chocou foi aquela ala esquerda do asilo donde se via um
cemitério e a ala direita tinha vista sobre as crianças a brincar. Assim os
residentes do asilo, em função da ala onde ficavam alojados podiam saber se
estavam quase a morrer.
Recomendo
este livro a adolescentes e adultos porque propõe uma real reflexão sobre a
vida e a morte. valter hugo mãe consegue construir uma história com base
nisso o que torna o livro muito original. Contudo, não recomendo este livro a
idosos pois poderiam entrar numa grande depressão!
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FDS
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Tendo como ponto de partida o romance de valter hugo mãe, A MÁQUINA DE FAZER ESPANHÓIS (2010) este blogue é o espaço de trabalho preparatório da exposição "Retratos da terceira idade..."
13 OPINIÕES sobre o romance de valter hugo mãe
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